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Empresas africanas, espanholas e portuguesas dialogaram hoje com o INVESTOUR sobre novas oportunidades de negócios e cooperação

23/01/2014

Empresas turísticas africanas, espanholas e portuguesas dialogaram hoje em Madrid sobre novas oportunidades de negócios e cooperação, na quinta edição do Fórum de Investimentos e Negócios Turísticos em África, o INVESTOUR. Este evento, organizado no âmbito da FITUR, a Feira Internacional de Turismo, é uma plataforma anual em que empresas africanas e espanholas, e este ano também portuguesas, reforçam os seus laços de cooperação.

Este Fórum é uma iniciativa promovida pela Organização Mundial do Turismo (OMT), FITUR e Casa África, com o objetivo de promover o turismo sustentável em África, oferecendo uma plataforma que facilite o diálogo sobre novas oportunidades empresariais e de cooperação entre os representantes do turismo africano e potenciais investidores/sócios espanhóis e portugueses.

Durante o evento foi analisado o turismo em África e a sua relação com Espanha e Portugal, com a participação de altos representantes do setor público e privado do turismo. À tarde, teve lugar um encontro B2B (Business to Business), reuniões de negócios entre empresas e instituições africanas, espanholas e portuguesas, com compromissos previamente agendados. Além disso, no decurso da reunião, Ousmane Ndiaye, antigo Diretor do Programa para África da OMT, foi premiado pelo importante trabalho realizado sobre o turismo africano.

Durante a sua intervenção, Elcia Grandcourt, Diretora Regional para África da OMT, referiu-se ao INVESTOUR como sendo uma iniciativa que parte de uma “associação estratégica a longo prazo da OMT, juntamente com a Casa África, FITUR e IFEMA, que se destina a desenvolver o turismo em África, para que os futuros e potenciais investidores espanhóis possam reunir-se e estabelecer novas parcerias e oportunidades de colaboração”.

Entretanto, Santiago Martínez-Caro, Diretor-Geral da Casa África, assegurou que o INVESTOUR cria "reais possibilidades de negócios para empresas espanholas e africanas" e explicou que a Casa África "dá a conhecer as oportunidades oferecidas pelo continente às empresas e profissionais espanholas” a fim de promover o desenvolvimento do território. Além disso, “apoia a internacionalização das empresas que já operam lá, ou tencionam fazê-lo”.

Na sua opinião, os países africanos “poderão competir com outras regiões turísticas do mundo, se planificarem de forma efetiva como integrar o turismo na economia”. Além disso, "a vasta experiência turística de Espanha e o seu acesso aos mercados europeus devem ser capitalizados pelos países africanos", o que deverá contribuir para melhorar a economia e aumentar os postos de trabalho, tanto aqui como em África.

Uma indústria competitiva
Luis Eduardo Cortés, Presidente da IFEMA, fez lembrar que o turismo é uma indústria muito importante no mundo, “com um longo caminho já percorrido, mas ainda há muito mais a percorrer”. Cortés salientou que nestes 5 anos que se celebra o INVESTOUR foram apresentados 550 projetos em 45 países, o que significa que o Fórum “está a funcionar bem” e que a ideia é "boa e útil". "África - disse ele - tem muito presente, mas também tem um futuro esplêndido, e o turismo é o caminho que pode levar-nos a alcançar muitos sucessos".  Entre os principais temas a debater no Fórum, foram referidas as infraestruturas hoteleiras em que devem impor-se a relação preço-qualidade, a melhoria das ligações aéreas e os vistos necessários para chegar aos diversos territórios.

Taleb Rifai, Secretário-Geral da OMT, explicou que o objetivo do INVESTOUR é abrir os destinos de África aos mercados de investimento espanhóis, porque "acreditamos no grande potencial do turismo africano e temos grande confiança no que fazemos". Como já referido, em 2013, mais de 56 milhões de turistas chegaram a África, o que representa um crescimento de 5%.

No entanto, embora o turismo tenha aumentado consideravelmente nos últimos anos, advertiu que ainda existem algumas barreiras ao seu desenvolvimento, entre as quais se destacam a falta de ligações aéreas, os problemas com a emissão dos vistos e a escassez de financiamento das infraestruturas, tanto hoteleiras como rodoviárias e ferroviárias.