Passar para o conteúdo principal

You are here

Um silêncio clamoroso: os conflitos na Região dos Grandes Lagos Africanos

24/05/2013

No passado dia 10 de maio o Financial Times publicava um progresso do relatório de 2013 da organização Africa Progress Panel, dirigida por Kofi Annan, no qual é criticada a falta de transparência nas operações entre o Governo congolês e corporações privadas. Aparentemente, o Estado poderia ter perdido, entre 2010 e 2012, 1,36 mil milhões de dólares por vendas de ativos mineiros abaixo do seu valor real, um valor que corresponde ao dobro do orçamento anual na educação da RDC.

No debate que ontem, quinta-feira, dia 23 de maio, teve lugar na Fundação Carlos Amberes, investigadores, políticos e jornalistas africanos e europeus de primeiro nível fizeram questão de sublinhar o grande conflito de que sofre a região dos Grandes Lagos. Sob a direção académica do prestigiado africanista Mbuyi Kabunda Badi, analizaram os atores, as motivações políticas e económicas que servem de combustível para a violência neste território transfronteiriço, bem como as perspetivas de paz, as oportunidades para impulsionar a democracia e o desenvolvimento, e o importantíssimo papel do Ocidente, e em concerto da Europa, neste processo. Também foram demonstradas as terríveis consequências destes grandes conflitos para os direitos humanos, especialmente para as mulheres.

O colóquio, organizado pelo Observatorio sobre la Realidad Social del África Subsahariana (Observatório sobre a Realidade Social da África Subsaariana) da Fundação Carlos Amberes, em colaboração com a Casa África, Embaixada da Bélgica em Espanha e Ministério Federal de Assuntos Externos da Bélgica, foi desenvolvido inserido nas atividades do Dia de África (25 de maio). Contou também com a colaboração do Ministerio de Asuntos Exteriores y Cooperación (Ministério de Assuntos Externos e Cooperação - MAEC), da Representación de la Comisión Europea en España (Representação da Comissão Europeia em Espanha), do Real Instituto Elcano, da Fundación Mainel (Fundação Mainel), da Comunidade de Madrid ou e da Fundación Mujeres por África (Fundação Mulheres por África).

Tagged in: