Recolha de instrumentos para jovens músicos da Guiné Equatorial

A banda de country-folk-rock grancanária Red Beard iniciou, em colaboração com a Casa África, uma operação de recolha de instrumentos e acessórios musicais que serão enviados em breve aos jovens estudantes de música dos Centros Culturais espanhóis na Guiné Equatorial.

Esta iniciativa surge do contacto do grupo com a realidade do país, onde estiveram no início de março graças aos Centros Culturais espanhóis em Bata e Malabo e à Embaixada dos Estados Unidos na Guiné Equatorial. A digressão equato-guineense da banda incluiu concertos em ambas as cidades e workshops que surpreenderam a formação liderada por Jaime Jiménez Fleitas pelo alto nível, entusiasmo e envolvimento dos meninos e meninas, mas também pela falta de recursos.

O grupo deu três concertos em Malabo com muito boa receção, bem como os workshops, que foram muito intensos e satisfatórios, e onde Red Beard se apercebeu do talento inato da população local, que colaborou e participou de forma muito ativa apesar da falta de meios materiais para poderem desenvolver as atividades e práticas com normalidade. Em Bata, já no continente, realizaram a mesma operação e tiveram o mesmo resultado.

É por tudo isso que Red Beard entrou em contacto com a Casa África para propor à instituição uma iniciativa conjunta de doação de material musical aos centros culturais espanhóis de Bata e Malabo e assim surge esta colaboração em que a Casa África será sede depositária das doações de instrumentos e acessórios musicais que os cidadãos queiram fazer.

Os interessados em participar nesta iniciativa podem fazê-lo, deixando as suas doações na Casa África-C/Alfonso XIII, 5. Las Palmas de Gran Canária - de segunda a sexta-feira das 9h às 18.

Red Beard
Nomeado melhor artista espanhol do ano passado pelo programa Toma 1 da Rádio 3 (RNE), Red Beard lançou o seu primeiro disco, Nobody’s gonna bring me down, no ano passado. A banda, que integra além de Jaime Jiménez, Juanma Barroso (guitarra), Aly Butler (harmónica e percussão), Marcial Bonilla (baixo) e Álvaro Betencourt (violino), opta por um som americano, entre o folk e o blues, acústico e fresco. Apesar da sua história curta, Red Beard ultrapassou as fronteiras grancanárias para atuar de forma habitual na Península Ibérica e de forma iminente planeia uma digressão pelos Estados Unidos, berço do som que interpretam.