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A Casa África, na sua função de aproximar cada vez mais África e Espanha através de veículos como a cultura e promoção da vastíssima produção literária do continente africano, volta a colaborar com o Departamento de Filología Francesa e Inglesa da Facultad de Filosofía y Letras (Faculdade de Filosofia e Letras) da Universidad de Cádiz que elegeu para ler a obra Kuty, memoria de sangre, da escritora malinesa Aïda Mady Diallo. A Casa África cedeu 44 exemplares para os membros deste clube de leitura que irão debater a obra no próximo dia 20 de março de 2013 a partir das 13:00h.
A obra escolhida pertence à Colección de Literatura Casa África, que em colaboração com a Ediciones ElCobre-El Aleph, tem como objetivo a tradução para castelhano dos títulos mais relevantes da literatura africana, tanto dos escritores já consagrados como dos novos valores emergentes.
Kuty, Memoria de Sangre começa em Gao (Mali), a 6 de março de 1984, quando a aldeia é atacada por um bando de saqueadores tuaregues. A família de Kuty, uma menina de 10 anos, é massacrada perante os seus olhos por quatro homens que lançam o seu pai contra uma parede e o degolam enquanto assiste à violação da sua mulher, a mãe de Kuty, que se suicida pouco depois, imolando-se. Kuty, memoria de sangre é o relato da longa vingança desta menina. É também uma parte da história de África que viu durante muito tempo como o povo negro era capturado e vendido como escravo pelos senhores do deserto. É, sobretudo, o primeiro romance negro escrito por uma jovem africana que nos transmite, através das suas emoções, a história de toda uma geração que lutou pela liberdade.
(Ler um fragmento da obra)
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