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Apresentação do romance 'Llévame a Farafangana” (Leva-me a Farafangana) de José Manuel Devesa

María Teresa Fernández de la Vega, presidente da Fundación Mujeres por África (Fundação Mulheres por África) (MxA) acompanha José Manuel Devesa na apresentação do seu romance, Llévame a Farafangana (Leva-me a Farafangana), dia 26 de fevereiro na Casa África.

Com a publicação deste libro, a MxA quer contribuir para um maior conhecimento e sensibilização sobre o problema sanitário mas também social e de convivência que representa a fístula obstétrica no continente africano, uma doença que afeta mais de dois milhões de mulheres africanas, a maioria delas jovens e adolescentes que, com os seus corpos apenas preparados para a maternidade, não recebem a atenção adequada durante o parto e ficam fisicamente feridas e socialmente estigmatizadas.

Apesar da gravidade da fístula e da sua enorme prevalência nos países da África Subsaariana, poucos sabem da sua existência e muito menos das consequências que produz nas mulheres que sofrem deste mal. Mulheres que em poucos casos recebem tratamento.

Por isso, dar a conhecer a fístula é começar a combatê-la. É proteger a saúde materno-infantil, é evitar a exclusão familiar e social de milhares de mães jovens frustradas, é acompanhar as mulheres africanas contribuindo assim para desenvolvimento e para o bem-estar do continente.

Esse é precisamente o objetivo da Mujeres por África (Mulheres por África), que agradece a José Manuel Devesa o seu compromisso com este objetivo, que tão criativa e fielmente reflete neste romance, publicado dentro dos programas no âmbito da saúde da Fundación Mujeres por África, que irá dar início em abril, um dos seus principais projetos, o chamado Stop Fístula, destinado a combater a fístula obstétrica.

O cirurgião José Manuel Devesa, autor do romance Llévame a Farafangana (Leva-me a Farafangana), que é agora apresentado, realizou várias missões cirúrgicas em África, pelo que reflete muito bem no seu romance este grave problema e sabe que a sua difusão é uma boa maneira de sensibilizar o público em geral.

A obra conta-nos uma história de uma jovem malgaxe, vendida pelo seu pai a um marido de conveniência, que sofre na sua primeira gravidez as consequências de um parto oculto que lhe deixa como sequela a terrível ferida indescritível. A história, parte ficção e grande parte realidade, recolhe com toda a crueza a vida errante desta adolescente desesperadamente à procura da cura, um trajeto que reflete fielmente a dura condição de algumas mulheres em Madagáscar.

Durante a sua intervenção neste ato, María Teresa Fernández de la Vega anunciará o início do projeto Stop Fístula, no primeiro país africano em que a MxA pensa desenvolvê-lo, na Libéria, para o qual a Fundação assinou uma convenção com o Governo, presidido pela Prémio Nobel da Paz e conselheira da Mujeres por África (Mulheres por África) Ellen Johnson-Sirleaf e com um hospital de Monróvia. Durante o mês de março realizar-se-á nesta cidade uma campanha de informação e captação de pacientes e, em abril, iniciar-se-á a atenção aos partos e atividade da unidade da fístula. O projeto incorpora também um programa de formação do pessoal sanitário, incluindo as parteiras que atendem a maioria das grávidas nas suas casas, assim como ações de divulgação e sensibilização.
Nos finais de abril realizar-se-á a apresentação do projeto em Monróvia com a assistência da Presidente da Fundação.

Dados da apresentação:

  • Data: 26/02/2013
  • Hora: 19.00 horas
  • Local: Auditório Nelson Mandela da Casa África (C/. Alfonso XIII, 5. 35003, Las Palmas de Gran Canaria)

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