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"¡Esto no es africano!" (“Isto não é africano”) dizem desde O Cairo até à Cidade do Cabo, quando se fala dos amores que não são entre um homem e uma mulher. Este é também o pretexto para que haja pessoas perseguidas, ameaçadas ou forçadas a abandonar as suas famílias, presas ou tidas como “possuídas pelo diabo”.
O jornalista Marc Serena viajou durante sete meses de norte a sul do continente africano para retratar, de forma meticulosa, as pessoas mais desfavorecidas de África: gays, lésbicas, bissexuais, transsexuais e intersexuais.
Nestas páginas vai conhecer uma cozinheira, um íman, uma mãe de família ou um informático. Quinze protagonistas que têm de enfrentar o governo, a policia, os juízes, os meios de comunicação e a família, que consideram que a sua forma de amar é uma “perversão ocidental”.
Esta é a crónica da luta pela liberdade de pessoas ricas e pobres, profundamente religiosas e agnósticas, de grandes metrópoles e de tribos distantes. Uma viagem por quinze países para entender o motivo de uma das violações mais sistemática dos direitos humanos, e também a mais silenciada.
Marc Serena trabalha como jornalista em diferentes meios de comunicação. Aos vinte e cinco anos de idade, retratou a sua geração em La vuelta de los 26 (A volta dos 25), o blogue de uma aventura que Lonely Planet considerou como o melhor do mundo em língua estrangeira. Visitou uns setenta países e foi considerado pela revista Viajar um dos “grandes viajantes espanhóis do século XXI”.
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