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Ananda Devi

Conseguiu criar um universo poético quase místico que não se parece com nenhum outro que tenha surgido nesta área geográfica.

Nasceu em 1957 nas Ilhas Maurícias. Licenciou-se em 1982 e doutorou-se em Antropologia pela School of Oriental and African Studies da Universidade de Londres, mas desde muito pequena que demonstrou os seus dotes para a literatura ao ganhar o seu primeiro prémio literário pelo melhor conto de toda a Francofonia.

O seu primeiro livro de contos apareceu quando ela tinha apenas dezanove anos. Desde então publicou contos e romances, construindo uma obra poética e quase mística. Deve-se precisamente à sua ascendência indiana um misticismo presente em toda a obra, um eterno confronto entre o Homem e o seu destino.

É considerada uma das vozes mais importantes do Oceano Índico. Com as suas publicações soube conquistar os requisitos de um público francófono exigente. A sua escrita vigorosa e fina, as suas heroínas torturadas, a omnipresença do contexto indo-mauriciano nas suas obras criam um universo poético quase místico que não se parece a nenhum outro surgido nesta área geográfica. O seu estilo incisivo, lírico e penetrante, escrito em francês, integra o crioulo e o hindi.

Entre as suas obras destacam-se: Solstices (1977), Le poids des êtres (1987), Rue la poudrière (1989), Le voile de Draupadi (1993), L'arbre fouet (1997), Moi, l'interdite (2000), Pagli (2001), Suspiro (2002), La vie de Joséphin le fou (2003), Ève de ses décombres (2006), Indian Tango (2007) e Le sari vert (2009).

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