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O júri escolhe as fotografias vencedoras da IX edição do nosso concurso Objetivo África

17/12/2018

Reuniu-se esta manhã na Casa África o júri do IX Concurso Fotográfico Objetivo África, formado por Cristina R. Court, crítica de arte; Teresa Correa, fotógrafa; e Mamadou Gomis, fotógrafo, que intervinha a partir do Senegal.

Sergi Reboredo, Eva Carnero e Beatriz Fernández foram os vencedores desta edição que tinha como tema as cidades africanas, o seu desenvolvimento, o seu presente e o seu futuro. Procurávamos imagens que refletissem desde o urbanismo mais moderno à arquitetura tradicional, o crescimento e desenvolvimento urbanístico, as relações sociais, a sustentabilidade, a cultura, a multiculturalidade, o meio ambiente ou a economia. E foi o que obtivemos nas mais de 500 fotografias que recebemos a concurso, pelo que não queremos perder a oportunidade de agradecer mais uma vez a todos os participantes por continuarem a enviar-nos as suas fotografias ano após ano, refletindo sempre o mais surpreendente deste continente rico e diverso.

O primeiro prémio, no valor de 1000 euros, foi atribuído à imagem Uma nova visão. Cape Town, enviada por Sergi Reboredo e que foi tirada no passeio marítimo de Cidade do Cabo, na África do Sul. A fotografia, segundo o seu próprio autor, representa conceitos como a integração, o turismo local e o desenvolvimento sustentável. Além destes conceitos, o júri destacou também que a imagem mostra uma visão conjunta da convivência de uma sociedade moderna no tecido urbano. Para Teresa Correa, é uma fotografia que liga, pela positiva, passado e presente e um olhar otimista para o futuro e realça a mensagem dentro da mensagem em alusão ao texto do prismático: “olhar para longe”. Para Mamadou Gomis, representa a força da juventude e a modernidade no continente africano e, para Cristina Court, até mesmo algumas imperfeições são valorizadas como o ruído pertinente da cidade e dos seus habitantes, onde se sobrepõem atmosferas, histórias e emoções.

O segundo prémio, no valor de 300 euros, foi atribuído à imagem Essência, de Eva Carnero Requena, que mostra uma perspetiva da cidade de Maputo, Moçambique. A autora fala de uma essência de África representada nesta escultura urbana como elogio à poderosa natureza africana. O júri destacou o simbolismo dos elementos de identidade em contextos de progresso e desenvolvimento. Para Teresa Correa, a imagem combina modernidade e identidade. A composição revela uma grande sensibilidade para mostrar o diálogo entre a arte e o urbanismo.

Finalmente, a imagem Vida em Stone Town, de Beatriz Fernández Mayo, arrecadou o terceiro prémio, no valor de 300 euros. Trata-se de uma imagem que, para o júri, reflete o quotidiano de um canto urbano, neste caso na parte antiga da Cidade de Zanzibar, na Tanzânia. Uma fotografia que fala de integração social, de multiculturalidade, de diálogo inter-religioso, de ecumenismo e convivência pacífica. Uma proposta visual equilibrada em que a história e o presente se fundem, a arquitetura colonial que fala de outras épocas, com o que acontece na rua. Para Cristina Court, é um relato que nos fala das múltiplas camadas históricas que fazem parte de um presente integrador.

Na Casa África, começamos já a trabalhar na que será a edição 2019 deste concurso que nunca deixa de surpreender-nos pela imensa variedade que, ano após ano, inunda esta importante base de imagens que se formou após nove anos de concurso.