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A revolução do dinheiro móvel chega desde África

26/05/2016

Todos os dias, realizam-se 33 milhões de transações de dinheiro móvel em 93 países e através de 271 serviços. O dinheiro móvel já possui o dobro das transações processadas pelo Paypal a nível mundial. Já existem 411 milhões de contas registadas de dinheiro móvel em todo o mundo. E falamos de valores de dezembro do ano passado. A África Subsariana é a região do mundo com maior implementação desta tecnologia. De longe. Só no Quénia, 40 000 empresas aceitam pagamentos por móvel cara a cara e 3000 organizações fazem-no à distância.

Todos estes dados foram divulgados esta manhã na Casa África por Topyster Muga, diretora do Airtel Money no Quénia e Mulher IT do ano na África Subsariana. Participava no II Encontro Internacional de Mulheres Empreendedoras Gran Canária Summit 2016, que começou hoje no auditório da instituição e que se desloca esta tarde para Incube (Infecar). O encontro é uma iniciativa do Fórum Internacional de Mulheres Empreendedoras de São Francisco (SFIWEF) que se realiza durante dois dias em Gran Canária com o apoio do Cabildo de Gran Canária, através da Sociedade de Promoção Económica de Gran Canária (SPEGC), a Zona Especial Canária (ZEC), o ICEX (Espanha Exportação e Investimentos), a Casa África, Incube, SportPesa, Teamlabs, Heroikka, Consensus Advokat e KenTech.

«Há nove anos, no Quénia, deu-se uma revolução silenciosa: adotou-se o dinheiro móvel, uma inovação tecnológica que começamos agora a ouvir na Europa e Estados Unidos», explicou Nadejda Georgieva Bozukova também no auditório da Casa África, antes da intervenção de Topyster Muga. Bozukova é a country manager em Espanha da empresa KenTech, sediada em Gran Canária e que se especializa em desenvolvimento de software e plataformas, sobretudo para a África oriental, onde trabalha, entre outras coisas, no setor das apostas desportivas por telemóvel.

«Podemos usar os nossos smartphones para realizar pagamentos, mas os pagamentos com telemóveis normalmente estão ligados a uma ligação à Internet, um cartão bancário ou a uma conta bancária; no Quénia, não necessita disso», continuou a responsável da KenTech. «Isto está a tornar este país na África oriental num laboratório gigante que define o futuro do dinheiro». Um futuro que Topyster Muga define como uma “economia realmente sem dinheiro”.

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