Os olhares africanos de sete cidades espanholas presentes nas ruas de Sevilha

Como vêem os fotógrafos africanos mais reputados da actualidade uma cidade espanhola? O que é que lhes prende a atenção? O que nos querem explicar com o seu trabalho? A estas perguntas responderá até dia 30 de Junho, em plena rua Fray Ceferino, de Sevilha, a exposição Africa.es, uma mostra que serve para comemorar o Dia de África (25 de Maio) na capital andaluza. Um total de 22 placards de grande tamanho são o suporte escolhido para espalhar pela rua esta exposição, que mostra aos vizinhos da capital de Sevilha um total de 42 imagens captadas por sete fotógrafos africanos. Trata-se de um projecto da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID) e da Casa África, que se enquadra nas diversas comemorações do África Vive em Sevilha.

A África.es alimenta-se do olhar de sete fotógrafos africanos de vanguarda sobre diferentes espaços urbanos espanhóis e enquadra-se no programa Arte inVisible que é desenvolvido há anos pelo Departamento de Cooperação e Promoção Cultural da Direcção de Relações Culturais e Científicas da AECID.

O projecto levou Mamadou Gomis (Senegal), Patrick Wokmeni, (Camarões), Nii Obodai (Gana), Arturo Bibang (Guiné Equatorial), Emeka Okereke (Nigéria), Zanele Muholi (África do Sul) e Mohamed Konaté (Mali) até Bilbau, Madrid, Sevilha, Valadolid, Valência, Las Palmas de Grã-Canária e Barcelona, cidades que lhes foram atribuídas e que retrataram durante uma semana. O objectivo deste projecto era transformar estas cidades no palco de trabalho dos fotógrafos africanos e pedir-lhes que deixassem fluir a sua criatividade. Como resultado do seu trabalho, realizou-se uma exposição colectiva exibida entre 15 de Fevereiro e 15 de Março no Círculo de Belas Artes de Madrid. Esta mostra chega agora a Sevilha, de um modo totalmente diferente, através de placards ao ar livre, que permitem desfrutar das imagens de África.es em tamanho grande.

Com o África Vive, a Casa África pretende melhorar o conhecimento do continente vizinho no nosso país, através de um programa repleto de actividades entre Abril e Julho, que inclui acções culturais, políticas, económicas, sociais e desportivas. Estas actividades vêm demonstrar o que é um facto: África e Espanha estão cada vez mais próximas.

Além da exposição Africa.es, a Casa África esteve presente no Festival Territórios de Sevilha, colaborando na maior presença de grupos africanos no cartaz, e estará este sábado na Feira do Livro, onde colabora com a Fundação Tres Culturas para fazer com que os leitores sevilhanos conheçam em primeira mão as novidades editoriais desta instituição, no que se refere a ensaio, história e política.

A Casa apresentará, neste contexto, o título mais recente da Colecção de Ensaio Casa África: Historia del Congo, de Isidore Ndaywel. Encarregados de apresentar ao público as chaves para compreender a história do país africano estarão o Director-geral da Casa África, Ricardo Martínez; o Embaixador de Espanha na República Democrática do Congo, Félix Costales, e o próprio autor, no próximo sábado, 28 de Maio, pelas 21h00, na tenda de actividades na Plaza Nueva. Momentos antes, o autor assinará alguns exemplares da sua obra, pelas 20h00, no Stand Institucional da Casa Árabe e da Fundação Tres Culturas (17).