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O IPPAI e a Casa África organizam uma mesa redonda com jornalistas africanos na Universidade Complutense

14/12/2011

Os meios de comunicação ocidentais ainda reproduzem alguns estereótipos, clichés e preconceitos quando se referem ao continente africano. Por exemplo, tendem a falar de África como um todo monolítico e terrível, quando a realidade é que África não existe, tal como afirma o intelectual senegalês Boubacar Boris Diop. Tendências como a de se esquecerem que engloba 54 países diferentes, multiétnicos e complexos e a de subtraírem a voz africana que explique as suas próprias histórias são dois “pecados” que deveriam ser erradicados de alguns meios de comunicação.

Estas são algumas das razões que levaram a Casa África a publicar Se falas de nós…, obra coletiva em que participam onze jornalistas africanos e que pretende originar uma discussão em torno das práticas dos meios ocidentais no que diz respeito à informação acerca deste continente. A publicação foi apresentada ontem, dia 13 de dezembro, na sala de conferências do Edifico Novo da Faculdade de Ciências da Informação, da Universidade Complutense de Madrid. Três africanos foram encarregues de a apresentar e de abrir o debate acerca das boas e das más práticas nos meios de comunicação espanhóis numa ação que foi coorganizada pelo Instituto de Jornalismo Preventivo e Análise Internacional (IPPAI) e pela Casa África. 

Se falas de nós… faz parte da linha editorial Cadernos africanos, que a Casa África lançou em meados deste ano com textos sobre cinema e sobre as independências africanas e que inclui reflexões sobre a influência dos países BRIC nas economias africanas ou o cineasta Djibril Diop Mambéty.

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