O crescimento do setor turístico em África está a consolidar-se

Hoje celebrou-se na FITUR a oitava edição de Investour, o Fórum de Investimentos e Negócios Turísticos de África, fruto da colaboração da Casa África, da OMT e da popular feira do turismo que se realiza esta semana em Madrid. O evento contou com a presença de 21 ministros africanos do setor, mesas redondas, encontros B2B e uma breve conferência aos meios de comunicação dedicada a analisar as previsões do turismo no continente africano.

Os bons resultados da África subsariana em 2016, ano em cresceu cerca de 11% em chegadas internacionais, permitem ao continente recuperar o caminho do crescimento anual acima dos 5%.

«África é um destino sólido e está, de novo, no bom caminho. Esperamos que cresça entre 5% e 6% em 2017, mas é uma previsão conservadora». Esta foi a opinião expressada esta manhã pelo Secretário-Geral da Organização Mundial do Turismo (OMT), Taleb Rifai, no encontro informativo com jornalistas em que participou juntamente com o Diretor-Geral da Casa África, Luis Padrón.

A Secretária de Estado do Turismo, Matilde Asián, disse na abertura do Investour que o estado relativamente embrionário do setor turístico em África é mais uma oportunidade do que uma desvantagem, uma vez que irá possibilitar aprender com as boas práticas e evitar os erros de outras regiões com maior tradição turística.

No Investour, foi recordado que existem 80 instalações hoteleiras espanholas em África, de nível médio-alto, e que estão presentes as grandes cadeias líderes, como Riu ou Iberostar, especialistas em resorts turísticos. Lembrou-se também que o número de empresas espanholas sediadas na África subsariana aumentou sete vezes nos últimos cinco anos, resultado do impressionante crescimento económico do continente e da significativa melhoria do seu clima de negócios.

Investour reuniu este ano mais de 300 participantes, uma centena de projetos, 21 ministros e 26 delegações do setor turístico num continente em que existem 54 países. Além disso, recebeu outros territórios como a Jordânia, e um dos grandes parceiros comerciais da África, China.