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A arte contemporânea cabo-verdiana chega à Casa África

19/09/2013

A Casa África apresenta, nas suas salas de exposição uma seleção de pinturas, fotografias, documentários e vídeos, pensada e feita em Cabo Verde, que vem a confirmar que existe um panorama artístico contemporâneo no arquipélago, situado na costa da África ocidental. A exposição, denominada Escena Caboverdiana (Panorama Cabo-verdiano), inclui criações de três artistas, intelectuais e ativistas: Tchalé Figueira, Leão Lopes e Irineu Rocha da Cruz. A inauguração oficial da exposição teve lugar ontem à tarde e contou com a sua presença. Escena Caboverdiana (Panorama Cabo-verdiano) chega à Casa África coincidindo com os atos centrais do Salão Internacional do Livro Africano (SILA), que se realizam na sede da instituição. O SILA aplica-se, precisamente a Cabo Verde, nesta quinta edição. A exposição conta com o patrocínio de Binter Canarias, linha aérea que liga os arquipélagos canário e cabo-verdiano e graças à qual foi possível montar esta exposição.

Escena Caboverdiana (Panorama Cabo-verdiano) é um projeto concebido para a Casa África e que tem como comissário Orlando Britto Jinorio, no qual é apresentado a obra de três criadores que desempenharam e desempenham ainda um papel fundamental no desenvolvimento e construção do panorama artístico contemporâneo de Cabo Verde. A exposição reúne seis pinturas acrílicas sobre lazer em formato grande de Tchalé Figueira, nas quais o artista trabalhou durante o último ano e que são o exemplo do seu peculiar universo criativo pictórico e poético, que mistura mitologia com o passado e presente do arquipélago africano. Leão Lopes está representado por uma seleção de trabalhos fotográficos de retratos e paisagens, realizados entre 2007 e 2011, e pelo seu filme Bitú, dedicado ao pintor cabo-verdiano com o mesmo nome. Por último, Irineu Rocha da Cruz, o mais jovem dos três, apresenta uma seleção de fotografias da sua série O Perímetro, com datas entre 2009 e 2011, e dois dos vídeos da sua série Mergulhos, com data de 2012.  Britto destaca nesta exposição a versatilidade de Tchalé Figueira, que não centra a criatividade apenas na pintura e diversifica através da criação literária; o valor de Leão Lopes como cineasta mestre no género documentário, com um extenso e reconhecido trajeto, e o seu vínculo ao Instituto Universitário de Arte, Tecnologia e Design de Mindelo (M_EIA), e a profundidade concetual da obra de Irineu Rocha da Cruz, com uma vasta e profunda formação no âmbito das artes visuais e da filosofia e teoria da arte.

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