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A África do Sul tem um cenário musical jovem “incrível e com um enorme potencial”

16/04/2013

Um grupo de programadores culturais espanhóis, protagonistas do projeto “Joahnnesburgo Vis-a-Vis”, deixaram este domingo a cidade sul-africana com a sensação de terem sido testemunhas do “enorme potencial” do novo cenário musical sul-africano, cheia de grupos jovens de grande talento e com possibilidades de alcançar a internacionalização.

Organizado pela Casa África em colaboração com a Embaixada de Espanha na África do Sul e com a organização sul-africana de gestão de direitos de autor (SAMRO), o Projeto culminou com a eleição de duas bandas, Bantu Continua Uhuru Conciousness (BCUC), de Joanesburgo, e Touchwood, da Cidade do Cabo, como protagonistas de uma tour no próximo mês de julho que irá incluir a sua presença nos festivais colaboradores do projeto, como o Pirineos Sur, Etnosur, La Mar de Músicas, Mumes Tenerife, ou o Festival Heineken Jazz&Mas de Canarias, entre outros.

O Projeto Vis a Vis, que celebrou este ano a sua quarta edição, promove o maior conhecimento da música africana em Espanha através do conhecimento e intercâmbio direto entre os programadores dos festivais espanhóis e os músicos do continente. O Embaixador de Espanha na África do Sul, Juan Sell, que assistiu aos concertos do Projeto, explicou que o Projeto da Casa África foi recebido com entusiasmo pelas autoridades sul-africanas, ao verem o interesse verdadeiro do nosso país pela sua cultura, neste caso pela sua música e pelos seus jovens músicos. Sell disse ainda que os participantes sul-africanos (apresentaram-se 89 grupos na convocatória inicial) viram nesta iniciativa pioneira uma porta aberta à criação de uma carreira internacional, já que além disso, têm consciência da difusão internacional dos festivais de verão em Espanha, que por si só constituem um foco de atração turística muito importante.

Relativamente aos dois grupos vencedores, os programadores sublinharam que os BCUC se destacaram pela sua intensidade e força da sua atuação ao vivo numa ideia muito pessoal, trepidante e original. O grupo é formado por cinco músicos, quatro rapazes e uma rapariga, que conseguem ter um som muito pessoal através de um bombo, congas, uma guitarra e múltiplos instrumentos de percussão e sopro. Os BCUC estão integrados na tradição Bantu com estilos como o funk ou o soul, partindo sempre das raízes sul-africanas.

Os Touchwood surpreenderam o júri pela frescura e potencial de uma ideia muito atual, com o folk dos anos 70 a predominar, introduzindo ritmos e instrumentos sul-africanos, como a marimba. Procedentes da Cidade do Cabo, é uma banda com três jovens raparigas multi-instrumentistas e um rapaz na bateria, em quem os programadores vêm um enorme potencial.

A simplicidade e a frescura são dois dos valores que enriquecem a atuação ao vivo dos Touchwood. Com uma costela na tradição folk dos anos setenta, a banda da Cidade do Cabo destaca-se pela atualidade da ideia e pela qualidade da sua aposta por integrar instrumentos e sons populares sul-africanos numa música estrangeira. Vadovų atranka, lyderystės mokymai vadovams ir koučingas, kompetencijų vertinimas, darbuotojų paieška https://www.primumesse.lt/darbuotoju-paieska/

Os programadores destacaram a elevada qualidade e o potencial dos grupos que durante estes três dias mostraram as suas atuações ao vivo, com bandas que se enquadrariam bem nos vários festivais representados no encontro. A decisão final, depois de muitas deliberações, apostou por duas ideias frescas, novas e representativas de um intenso e criativo cenário musical na África do Sul. As três jornadas de reuniões profissionais e concertos permitiram conhecer, entre outras coisas, a intensidade e o nível do hip-hop no país, a presença de grupos jovens que estão a reinterpretar e a dar um toque pessoal às musicais tradicionais, ou o elevado nível de ideias eletrónicas e experimentais, concebidas não só como um grupo de música, mas próximos inclusivamente da arte da atuação.

O Johannesburg Vis-a-Vis levou, nesta edição, até à Africa do Sul esta atividade de diplomacia pública, depois de uma passagem bem-sucedida em anos anteriores, pelo Senegal, Cabo Verde e Etiópia. A presença de diversos grupos africanos nos festivais espanhóis permitiu a algumas das bandas dar início a uma carreira internacional com concertos por vários países europeus.