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“O momento chave” para as empresas espanholas, de conhecer o potencial de investir na Guiné (Conakry)

15/05/2013

O Embaixador de Espanha na República da Guiné (Conakry), Guillermo Ardizone, explicou hoje na Casa África, no âmbito de uma jornada sobre oportunidades de negócio no país africano, que este encontra-se num momento chave de transição política e económica no qual se começam a vislumbrar futuras oportunidades para as empresas espanholas em setores como o das infraestruturas, minas ou o setor agrícola. A poucas semanas de umas eleições legislativas que irão formar o Parlamento nacional, o Embaixador explicou que o Governo guineense está a dar passos muito claros para aprovar uma legislação económica que abra o caminho para um clima de negócios estável e no qual se possa confiar.

Ardizone expôs que a República da Guiné é ainda muito desconhecida para as empresas espanholas, ainda que algumas empresas já estejam a investir por aí. Da mesma forma, assinalou, Espanha e as suas empresas são ainda pouco conhecidas por empresas e governo guineenses, com o qual é necessário um trabalho de conhecimento mútuo, de ida e volta, que está agora a ser desenvolvido.

O Embaixador fez estas declarações junto à Diretora Nacional de Dívidas e Ajuda ao Desenvolvimento do Ministério da Economia e Finanças da República da Guiné, Saoudatou Diallo Sow, que expôs aos meios de comunicação e aos empresários assistentes à jornada que o país não só tem os “braços abertos” à chegada das empresas espanholas, como estas podem aproveitar um número ilimitado de oportunidades que estão a surgir graças à recente exploração de recursos naturais no país. “Os geólogos dizem-nos que a Guiné é um escândalo geológico”, disse Diallo Sow em referência ao grande potencial mineiro e de recursos naturais do país, explicando ainda que o Governo está a trabalhar para que este potencial se repercuta na melhoria das infraestruturas guineenses e na redução dos índices de pobreza.

Segundo explicou o Embaixador espanhol, os empresários devem saber que o país “não parte de condições fáceis, mas as autoridades estão muito conscientes do que há a melhorar”. Afirmou também que existe grande apoio do Banco Mundial para clarificar o aspeto jurídico para as empresas, com medidas como a elaboração de um código mineiro, uma janela única empresarial ou um código fiscal, entre outras coisas, que estão a ser produzidas “a um ritmo acelerado” para melhorar o clima negocial. O grande desafio do governo guineense, disse ainda Ardizone, “é agora por em prática tudo isso, que seja efetivo e que ajude as empresas a intervir”.

Relativamente ao papel das Canarias, Ardizone explicou que a sua localização como ponto mais próximo da UE a toda a África Ocidental, faz com que constitua um lugar estratégico para toda a região. Perante as autoridades guineenses, explicou, “estamos constantemente a dar o exemplo da instalação da base logística do Programa Mundial de Alimentos (PMA) em Las Palmas de Gran Canaria para provar que o Arquipélago constitui uma plataforma perfeita não só de ligação de empresas e mercadorias provenientes da América e da Europa, mas também para que empresas exportadoras africanas apostem na cidade como um ponto central dos seus produtos para todo o mundo”.

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