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Corsino Fortes

Na sua obra literária trata sobretudo da identidade e da poesia oral cabo-verdiana, especialmente da morna.

O hino! Como morna!
E o funaná! Como bandeira
E das trovas de Eugénio
E das histórias de Aurélio
Pedras caíam
Pedras batiam na B.leza da pátria 
                    Como! Presentes natalícios
                                            (Excerto do poema
Pedra de identidade)

Nasceu no Mindelo, região de São Vicente, em Cabo Verde, a 14 de Fevereiro de 1933. Estudou Direito na Universidade de Lisboa e, posteriormente, trabalhou como professor e juiz do Tribunal de Trabalho. Após a independência de Cabo Verde, desempenhou o cargo de embaixador do seu país em vários países europeus e africanos. Fortes também foi ministro da Justiça e magistrado.

Colaborou com os seus trabalhos literários em diferentes meios de comunicação e revistas como Claridade, Cabo Verde, Raízes e África; e foi presidente da Associação Cabo-verdiana de Escritores. Alguns dos seus trabalhos de poesia foram reunidos por várias antologias de poesia africana.

Em consonância com o processo de independência política, os anos setenta significam a maturidade literária de Cabo Verde, num contexto de universalização desta literatura. Nesta linha universalista situa-se Corsino Fortes. O processo de libertação, a opressão, a identidade da ilha e a poesia oral das mornas -género musical de Cabo Verde relacionado com o fado português, a modinha brasileira, o tango argentino e o lamento angolano - têm lugar na sua poesia de tom épico.

Entre as suas obras destacam-se títulos como: Pão e Fonema (1974), Árvore & Tombor (1986) e Pedras de Sol & Substância (2001). Sob o título A Cabeça Calva de Deus (2001), apareceu a sua obra poética reunida, já objecto de vários estudos e antologias em inglês, francês, italiano, português e holandês.

Fontes:

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