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África é a região menos urbanizada do planeta, com uma população urbana de 38%, mas com um ritmo de crescimento urbano mais acelerado (4,5%). Estudos atuais indicam que a população urbana africana vai duplicar nos próximos 20 anos, como resultado da migração rural-urbana, o crescimento demográfico natural e a requalificação das zonas periurbanas em urbanas.
Un modo de afrontar la ciudad africana (Uma forma de abordar a cidade africana) é um trabalho dos arquitetos Manuel Martín Hernández, Vicente Díaz García e Eugenio Rodríguez Cabrera, que defendem não haver um desenvolvimento único possível, uma única cidade possível nem uma única maneira de fazer as coisas. É apresentado um "direito à cidade" capaz de gerar outras formas de entendimento, configuração e gestão da cidade africana, concentradas na "produção social do habitat”, e propondo alimentar esta alternativa com uma cooperação Sul-Sul. Principalmente, é salientada a necessidade de uma participação direta, interdisciplinar e ativa das sociedades africanas na criação das suas cidades.
Os autores deste ensaio lembram-nos que o planeamento de África foi feito até agora com base em fundamentos neocolonialistas e que chegou o momento de lançar os alicerces de cidades mais habitáveis dentro do continente, criar espaços para viver, partilhar, construir comunidades, dando sentido a uma economia mais solidária.
Para falar destes temas, organiza-se esta conferência/apresentação sob a responsabilidade dos seus autores, os arquitetos e professores da Universidad de Las Palmas de Gran Canaria (ULPGC), Manuel J. Martín Hernández, Vicente Díaz García e Eugenio Rodríguez Cabrera, que defendem uma "descolonização mental" na planificação das cidades africanas, na medida em que estas foram projetadas sob uma abordagem urbanística e arquitetónica do “norte eurocêntrico" e dão como exemplo os modelos de "urbanismo insurgente" experimentados na América Latina, para gerar outras formas de entendimento, configuração e gestão das cidades do continente africano.