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Ahmed Kathrada

Político e ativista do movimento anti-apartheid, que compartilhou a prisão com Nélson Mandela

Nasceu em 1929 numa pequena povoação perto de Joanesburgo, no seio de uma família de imigrantes índios. Desde muito jovem que se interessou pela política e, com apenas 12 anos, uniu-se a vários grupos antirracistas, onde distribuía folhetos e recrutava novos membros.

A partir dos 17 anos começou a trabalhar na Campanha de resistência passiva do South African Indian Congress. Devido à sua grande participação nesta campanha, que defendia a igualdade política e que criticava as leis existentes, acabou por ser preso durante um mês, assim como outras 2000 pessoas. Durante a II Guerra Mundial, também se juntou a vários movimentos anti bélicos. Em 1940, teve a oportunidade de conhecer líderes como Nélson Mandela ou Walter Sisulu, com quem travou amizade.

Foi um dos acusados no Julgamento por traição, assim como Nélson Mandela, e que teve lugar de 1956 a 1961. Neste julgamento não foi imputado, no entanto, em 1963 foi acusado de novo, por realizar atividades políticas ilegais, e foi condenado a 26 anos de prisão. Durante a sua estada na prisão estudou História, Criminologia e Política africana. Em 1990 foi libertado e eleito membro do parlamento em representação do Congresso Nacional Africano.

Entre as suas publicações encontram-se Letters from Robben Island (1999), Memoirs (2004) e A Free Mind: Ahmed Kathrada’s Notebook From Robben Island (2005). Foi nomeado Doutor Honoris Causa de várias universidades, como por exemplo, a Universidade de Massachusetts e a Universidade de Kentucky. Além disso, obteve um grande reconhecimento pela sua participação e compromisso com o Congresso Nacional Africano.