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O Clube de Leitura da Casa África comenta a obra «Niña, mujer, otras», de Bernardine Evaristo

Para este novo encontro literário que inaugura as sessões neste 2021, a coordenadora do Clube de Leitura, Ángeles Jurado, propõe Niña, mujer, otras, Prémio Man Booker 2019, obra assinada pela escritora anglo-nigeriana Bernardine Evaristo.

O romance, que ganhou o prémio Man Booker juntamente com Margaret Atwood e a sua continuação de A História de Uma Serva, é escrito com um estilo literário inovador, entre a poesia e a prosa, que a autora define como "ficção de fusão". Um texto escrito para além das convenções literárias e das regras habituais de pontuação, que, no entanto, surpreende pela sua fluência e facilidade de leitura.

A obra  apresenta-nos uma Grã-Bretanha como nunca foi contada. De Newcastle à Cornualha, desde o dealbar do século vinte até ao principiar do vinte e um. Em Niña, mujer, otras acompanhamos um elenco de doze personagens nas suas viagens pessoais por este país e os seus últimos cem anos de existência.

Todas estão imersas numa busca: um passado partilhado, um futuro inesperado, um lugar a que chamam lar, um sítio onde encaixar, uma amante, uma mãe desaparecida, um pai perdido, e até, pura e simplesmente, um laivo de esperança...

O romance é um mundo densamente povoado onde que toda a gente se apoia em toda a gente para ir andando, algo que espelha fielmente a visão que tem a autora de uma sociedade ideal.

BernardineEvaristo escreve romance bem como novela, drama, poesia, ensaio, crítica literária e projetos para teatro e rádio. Duas das suas obras,The Emperor's Babe (2001) e Hello Mum (2010), foram adaptadas pelo departamento dramático da BBC Rádio 4.

Atualmente, Bernardine é professora de escrita criativa na Universidade Brunel de Londres e vice-presidenta da Royal Society of Literature.

Evaristo luta pelo reconhecimento da literatura e a arte negras. Em 2012 fundou o Prémio de Poesia Africana da Universidade de Brunel e o esquema de desenvolvimento de poetas The Complete Works (2007–2017). Foi também co-fundadora da agência de apoio a escritoras Spread the Word (1995) e, na década de 1980, fundou a primeira companhia de teatro de mulheres negras da Grã-Bretanha: Theater of Black Women. Organizou também a primeira grande conferência de teatro negro da Grã-Bretanha, Future Histories, para o Black Theatre Forum, em 1995 no Royal Festival Hall, e a primeira grande conferência da Grã-Bretanha sobre escrita negra britânica, Tracing Paper, em 1997, no Museu de Londres.

As pessoas interessadas em participar nosso Clube de Leitura podem escrever para cultura@casafrica.es. Por enquanto as reuniões estão a decorrer telematicamente, mas quando a pandemia terminar, serão retomados os encontros presenciais.

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